23 de março de 2022 Tratamento

Março Azul Marinho: Tecnologia a nosso favor

De acordo com a previsão do Instituto Nacional do Câncer (INCA), até o final de 2022 devem surgir 40 mil…

De acordo com a previsão do Instituto Nacional do Câncer (INCA), até o final de 2022 devem surgir 40 mil novos casos de neoplasias colorretais no país. Deste universo, 1.160 serão diagnosticadas em Goiás e, provavelmente, tratadas no Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ), instituição que é referência no combate à doença no Centro-Oeste. Mas apesar de alto, o número vem acompanhado de uma boa perspectiva: se descobertos no início, e com o uso de novas tecnologias, os tumores tem até 90% de chances de serem curados.

No campo da inovação, um dos destaques é a videolaparoscopia, método oferecido a pacientes do SUS, e que utiliza a técnica robótica como grande aliada na luta contra o câncer colorretal. No HAJ, ela já faz parte do dia a dia da equipe do Setor de Aparelho Digestivo que, só em 2020, realizou mais de 7.500 intervenções cirúrgicas através do sistema de vídeo – procedimento pouco invasivo e que dá ao paciente um pós-operatório mais seguro e tranquilo.

Março Azul Marinho

A lista de benefícios representa ainda mais esperança para quem briga contra a doença, que é a segunda mais comum entre as mulheres e a terceira entre os homens. Não por acaso o câncer colorretal ganhou um mês específico: no Março Azul Marinho entidades da área da saúde unem esforços para conscientizar a população sobre o tema, destacando, entre outras coisas, as inúmeras formas de tratamento, como quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Feita através de uma endocâmera, a videolaparoscopia está inclusa neste terceiro grupo.

Segundo o oncologista e vice-presidente da Associação de Combate ao Câncer de Goiás (ACCG), Jales Benevides, o método, entre outras coisas, permite um menor tempo de internação, além de um pós-operatório com menos riscos de infecções hospitalares. “No Araújo Jorge utilizamos a técnica em todas as cirurgias de câncer colorretal, o que nos coloca na lista das poucas que oferecem a videolaparoscopia aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)”, conta.

Prevenção

À frente do Setor de Aparelho Digestivo do HAJ, onde são tratados os pacientes com câncer colorretal, Benevides comenta que boa parte dos pacientes que chegam ao local já estão em um estágio mais avançado da doença, o que diminui consideravelmente as chances de cura.

“Por isso, criar uma rotina de exames é indispensável para não deixa a situação chegar a esse ponto. Entre a infinidade de exames interessantes, o que se encaixa com maior facilidade e mais chances de diagnóstico é a colonoscopia – prevenção que, segundo a Organização Mundial da Saúde, precisa ser feita periodicamente a partir dos 50 anos”, explica.

Além disso, o cirurgião destaca alguns sinais de alerta que devem ser observados. “Sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal (com diarreia e prisão de ventre alternados), dores ou desconfortos abdominais e desenvolvimento de hemorroidas precisam ser avaliados por um especialista. A ida imediata ao médico pode, em casos de um diagnóstico positivo para câncer colorretal, fazer com que as chances de cura cheguem a 90%”, reforça.



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