Uma das maiores conquistas da Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG), enquanto entidade filantrópica (privada mas sem fins lucrativos) e exclusivo Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) em Goiás, é manter os atendimentos a pacientes do Serviço Único de Saúde muito acima da média exigida – enquanto a legislação estabelece um percentual mínimo de 60%, em 2021 mais de 90% dos procedimento ofertados na instituição foram realizados pelo SUS.
Os números colocam a associação em um lugar de destaque quando é preciso debater desafios e gargalos do setor. Prova disso é que representantes da entidade começaram a semana entre os convidados do II Fórum de Oncologia da Associação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Combate ao Câncer (ABIFICC) – cujo tema este ano foi a necessidade de rever o sistema público de saúde brasileiro na área do câncer.
De olho no futuro
Durante dois dias (19 e 20 de julho), o grupo, formado por membros das mais importantes entidades filantrópicas do país e por servidores do Ministério da Saúde, discutiu maneiras de manter a luta contra o câncer acessível mesmo diante do endividamento histórico causado pela defasagem, de mais de duas décadas, da tabela de procedimentos do SUS.
Assim, direcionaram as palestras e mesas de debates temas como modelos de regulação que não prejudiquem as receitas dos hospitais oncológicos, uma melhor articulação entre Atenção Básica e Atenção Especializada e novos modelos de financiamento dentro da seara do combate e tratamento do câncer. Além, é claro, da necessidade de rever, e atualizar – com a incorporação de novas trecnologias – , o tripé do tratamento oncológico (cirurgia, quimioterapia e radioterapia).
Na ocasião, o presidente da ACCG, Dr. Jales Benevides, lembrou que, mesmo diante de todas as dificuldades, a entidade fechou 2021 com desempenho louvável: foram mais de 1 milhão de procedimentos realizados e mais de 55 mil pacientes atendidos. “Ainda inserido no contexto acachapante
da pandemia de Covid-19, o ano passado foi especialmente marcado pelo estabelecimento de novos paradigmas na gestão do negócio assistencial da ACCG. Em vários segmentos, foi possível ampliar e consolidar ações destinadas a fortalecer a nova cultura de resultados na prestação de serviços
especializados de altíssima qualidade”, lembrou.
Também representando a ACCG, estiveram em Brasília o diretor técnico do Ataújo Jorge, Dr. Carlos Henrique Ribeiro do Prado, a coordenadora do Setor de Desenvolvimento Institucional, Deuba Assunção e a Controller, Luciana Santos.