8 de outubro de 2024 ACCG

Paciente do Araújo Jorge compartilha sua história de luta e superação contra o câncer de mama

A dona de casa Mauriney Rodrigues dos Reis, 48 anos, é uma mulher alegre e alto-astral. Quem não a conhece…

A dona de casa Mauriney Rodrigues dos Reis, 48 anos, é uma mulher alegre e alto-astral. Quem não a conhece nem imagina que, há mais de um ano, ela está tratando um câncer de mama. Antes de ser diagnosticada, em 2023, a paciente enfrentou alguns contratempos.

Em 2020, no auge da pandemia de Covid-19, sempre que apalpava o seio direito, Mauriney sentia um pequeno nódulo. Entretanto, familiares e amigos a dissuadiram de fazer a mamografia. “Cheguei a comentar com várias pessoas, mas diziam que eu estava paranoica e que era coisa da minha cabeça. Eu falava: ‘não é, estou com um corpo estranho que não tinha antes’”, conta.

Dois anos depois, em outubro de 2022, a dona de casa fez um check-up. Após fazer ultrassom e biópsia, o laudo foi inconclusivo. “O médico disse que o tumor era nível dois (BI-RADS 2), mas era benigno e pediu para eu realizar exames anualmente”, recorda. Todavia, a intuição de Mauriney falou mais alto e, assim, ela resolveu buscar uma segunda opinião médica.

Em janeiro de 2023, a paciente decidiu investigar minuciosamente seus sintomas, pois, segundo ela, o médico havia prescrito uma medicação que fez o tumor crescer rapidamente. “Fiquei encabulada, o nódulo cresceu a tal ponto que eu não conseguia dormir de bruços, estava muito grande e dolorido”, diz.

Diante da realidade imposta, Mauriney voltou para o Pará, cidade em que residia na época, em busca de uma segunda opinião. “Fiz novos exames. Quando o médico viu os resultados do ultrassom e da punção e os comparou com os exames anteriores, achou que não era a mesma pessoa. Em quatro meses, o tumor saiu do nível 2 para o 4. Após o diagnóstico, fiquei sem chão, desesperada, pois o tumor era maligno, mas logo me recompus e resolvi focar na cura”, confessa.

Após o diagnóstico conclusivo, o médico solicitou uma cirurgia de ressecção imediata, que consiste em remover o tumor e uma parte do tecido saudável ao redor. Como não tinha condições financeiras para arcar com os custos da cirurgia, a dona de casa teve que entrar na fila de regulação no Estado do Pará.

Cerca de 40 dias depois, ela teve a opção de escolher entre duas instituições para realizar o procedimento. “Escolhi o Araújo Jorge porque eu já havia morado em Goiânia; aqui tenho meus filhos, netos e amigos, conheço bem a cidade”, destaca.

No Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ), Mauriney foi atendida rapidamente. “Minha batalha começou em junho de 2023. Meu primeiro médico foi o Dr. Rubens José Pereira. No início, ele disse que eu faria a cirurgia e algumas sessões de radioterapia. Entretanto, tive que fazer oito ciclos de quimioterapia: quatro da vermelha e quatro da branca”, relembra.

No dia 10 de novembro, a dona de casa fez a cirurgia para retirada do tumor com o médico Dr. Luiz Fernando Jubé Ribeiro, mastologista especialista em Oncoplastia e Reconstrução Mamária. De acordo com ela, a habilidade cirúrgica e o cuidado demonstrado durante todo o processo lhe deram nova perspectiva de vida.

“Sou profundamente grata à equipe que me operou, em especial ao Dr. Luiz e a Dra. Amanda. Eles foram prestativos e atenciosos, isso fez com que eu me sentisse segura e bem cuidada em todos os momentos, eles são excelentes profissionais”, salienta. Atualmente, Mauriney está fazendo radioterapia, serão 15 sessões.

Ao ser indagada sobre o futuro, Mauriney respira fundo e diz estar cheia de expectativas, pois procura seguir à risca as orientações médicas. Dessa forma, procura ter uma alimentação equilibrada, evita doces, não ingere bebidas alcoólicas e, sempre que possível, faz caminhada. “Sigo firme e forte! Com fé em Deus, serei curada, ficarei zerada e não haverá recidivas”, acredita.

Segundo Mauriney, a fé é seu combustível para seguir firme em direção à cura. “Em primeiro lugar, acredito em Deus e também procuro focar no lado positivo e fazer coisas que gosto, como cuidar de plantas e dos animais”, diz.

Atualmente, na árdua luta contra o câncer, a dona de casa aconselha: “Faça o autoexame e se cuide, tanto física quanto psicologicamente. Se suspeitar de alguma coisa, investigue até o fim para saber o que está acontecendo. Caso surja um diagnóstico positivo, encare de cabeça erguida e com leveza, pois estar psicologicamente bem é fundamental”, orienta.

Desde que iniciou o tratamento no HAJ, Mauriney afirma que está sendo bem assistida e tece elogios à equipe. “A demanda na instituição é muito grande, mas, apesar disso, sempre sou bem atendida. Os médicos são ótimos, e no momento estou sendo acompanhada pelo Dr. Marco Aurélio, que é extremamente atencioso”, conclui.



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