29 de fevereiro de 2024 ACCG

HAJ conscientiza sobre o combate à leucemia

O mês de fevereiro é marcado pela cor laranja, de conscientização e combate à leucemia. De acordo com o Instituto…

O mês de fevereiro é marcado pela cor laranja, de conscientização e combate à leucemia. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos) do sangue e sua principal característica é o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.

Ainda de acordo com o Instituto, segundo estimativas, até 2025, o Brasil deve ter 34,6 mil novos casos de leucemia. Para a médica hematologista especialista em transplante de medula óssea do Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ), Dra. Marina Aguiar, a campanha do Fevereiro Laranja é muito importante para conscientizar sobre o diagnóstico precoce porque melhora o prognóstico da doença, facilita o tratamento e consequentemente aumenta as chances de cura.

A médica que também já sentiu a dor dos seus pacientes há 16 anos quando sofreu com uma leucemia aguda explica e alerta sobre alguns sinais e sintomas da doença como febre persistente sem sinais infecciosos, fraqueza, emagrecimento sem causa aparente, sudorese noturna, dores ósseas, sangramentos, hematomas e linfonodos aumentados. “O tratamento em geral é feito com quimioterapia. O tipo, os ciclos e se fará o transplante ou não depende de cada caso porque temos vários tipos de leucemia, inclusive crônicas e agudas”, explicou a hematologista.

O paciente do HAJ e da médica, o barbeiro Vilanes Sena dos Santos descobriu a doença em 2021. “Lembro-me que foi bem no Dia dos Namorados que fiquei internado e não pude sair do hospital porque estava muito mal. Os sintomas surgiram com uma dor de cabeça, fraqueza, sangue na gengiva, rachadura nos lábios. Meu corpo ficou muito frágil”, contou Santos.

Vindo por indicação para o HAJ, o paciente até então não conhecia o hospital e se assustou ao saber sobre a doença. “O incrível é que sonhei nove vezes que eu tinha câncer. Durante oito dias, os sonhos foram seguidos. Sempre quando eu ia tomar café, almoçar, sentia uma dor no estômago e sabia que aquilo não era normal”, disse o barbeiro que começou a ficar em alerta.

Foco na cura

Foi assim que ele iniciou sua jornada na busca por especialistas. “Disso, eu sonhei após 15 dias que eu teria câncer, ia ficar magrinho, mas a cura viria. Tudo que eu sonhei, até a coberta do Araújo Jorge eu sonhei. Até de cadeira de rodas e sorrindo. Era Deus falando comigo. Mas eu foquei na cura e na benção e segui”, conta emocionado. Em menos de dois meses, Santos relata que se curou. “Fique internado durante um mês no HAJ, depois fui para casa e comecei a me cuidar. Também me submeti às aplicações de quimioterapia. Depois de um mês voltei para fazer um exame com a Dra. Marina e recebi a cura porque estava indetectável”, destacou ao saber que estava curado.

Ao receber alta em 2021, o paciente voltou para casa. “Após nove meses eu descuidei um pouco e houve uma diminuição da quantidade de plaquetas. Fiquei internado durante 11 dias para tratamento. Agora só venho em um período de três meses. Aqui no Hospital é perfeito, foi um aprendizado gigante onde me trouxe a benção. Eu era um homem rebelde e depois que adoeci, virei outra pessoa, aprendi a valorizar a vida e sou muito grato. A doença me fez viver muito mais”, explicou.

Sempre com um sorriso no rosto, ele lembra das dificuldades que passou, mas com o coração agradecido. “Meus planos para o futuro são entrar para a minha casa que estou construindo, me cuidar mais, amar mais e viver mais. Quero viver feliz, este é o meu lema”, concluiu ele.

Foto: Arquivo Pessoal

Foto: Caroline Santana

Seminário Fevereiro Laranja em Brasília

Na quarta-feira (21), a Dra. Marina Aguiar participou do Seminário Fevereiro Laranja em Brasília (DF) com o tema “Leucemias: Jornada do Paciente e Necessidade de Políticas Públicas”, que aconteceu no auditório Freitas Nobre, na Câmara dos Deputados.

A médica destacou em sua fala sobre a jornada do paciente, atuação pelo Sistema Único de Saúde (SUS), bem como ser ex-paciente do Sistema, a facilidade de acesso ao tratamento e do Transplante de Medula Óssea (TMO).

Créditos: Divulgação



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