15 de fevereiro de 2022 Tratamento

Música e arte na luta contra câncer infantil

Um levantamento do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostrou que até o final de 2022 quase nove mil meninos e…

Sala lúdica - Pediatria
Sala lúdica - Pediatria

Um levantamento do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostrou que até o final de 2022 quase nove mil meninos e meninas devem ser diagnosticadas com câncer no Brasil – número que coloca a doença no topo do ranking de principais causas de morte entre os pequenos e torna ainda mais relevante o trabalho realizado pela Pediatria do Hospital de Câncer Araújo Jorge (HAJ). Único do Centro-oeste a tratar integralmente crianças e adolescentes, o setor atende anualmente mais de 4 mil com idade entre 0 e 18 anos. 

No entanto, um dos maiores diferenciais da área é a humanização da assistência, que, no caso do Araújo Jorge, aposta no diálogo lúdico como grande aliado no tratamento dos pacientes, visto que na infância a principal ocupação é brincar e essa acaba sendo também a forma das crianças expressarem emoções e preocupações. Recentemente, o tema foi, inclusive destaque na mídia (assista na íntegra aqui). 

Este tipo de atuação se torna ainda mais importante diante da fragilidade do paciente oncológico, já que a doença atinge o sistema imunológico da pessoa e em diversos casos é necessária uma internação prolongada, alterando toda a rotina do enfermo e da família. “O que fazemos é usar essa comunicação lúdica para fazer a criança entender, de acordo com sua idade, o que é a doença, como será o tratamento e como será sua nova rotina. Porque dependendo da idade ela não entende o significado da palavra câncer e é importante que ela saiba porque está internada. Isso é sinal de respeito, afinal, é o corpo dela”, esclarece a psicóloga hospitalar Fabiana Brito Persijn.

Segunda casa

Integrando a equipe multidisciplinar do Setor de Oncologia Pediátrica, Persijn faz questão de destacar ainda a estrutura da área. O local é colorido e conta com uma decoração que remete ao mundo da imaginação. Cada detalhe foi pensado cuidadosamente e a profissional explica o porquê. “Os consultórios são divididos por cores e não por números. Isso traz conforto porque aproxima muito do mundo da criança, que é um mundo lúdico e colorido. Além disso as cores e os desenhos trazem leveza e alegria ao espaço facilitando um pouco o pesado tratamento de câncer.”

Ela garante que as crianças que recebem a explicação e realmente entendem as etapas do tratamento se mostram mais confiantes e empenhadas na recuperação. “Além da criança se sentir respeitada sabendo o que vai acontecer, ela, por si só, vai buscando recurso de enfrentamento. Quando conhecemos o que vem pela frente, consequentemente, ficamos mais preparados”, explica, ressaltando que esse apoio emocional é um complemento do tratamento integral (internação, quimioterapia e cirurgia) oferecido no HAJ.



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