Workshop teve como objetivo orientar os profissionais da área sobre o diagnóstico precoce da doença
A Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG), em parceria com o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP), promoveu na manhã deste sábado (18), das 8h às 12, o workshop “Educação Continuada em Câncer de Boca”.
Voltado a cirurgiões dentistas e acadêmicos de Odontologia, o curso discutiu temas inerentes à área, como epidemiologia do câncer de boca, a importância do diagnóstico precoce e o tratamento cirúrgico para a doença.
Segundo o diretor do IEP, o cirurgião dentista Dr. Elismauro Mendonça, o curso teve o intuito de capacitar os profissionais da área a respeito do diagnóstico precoce das lesões iniciais. “Esse curso é especial porque estamos no ‘Maio Vermelho’, mês de conscientização da prevenção do câncer de boca”, salienta.
Ainda de acordo com o especialista, a detecção precoce da doença é fundamental para o prognóstico. “Lesões em estágios iniciais são curáveis, por isso a importância de fazermos esse tipo de ação, atualizando os conhecimentos e mostrando para os estudantes e profissionais da odontologia quão essencial é o diagnóstico precoce”, corrobora.
O Dr. José Carlos de Oliveira, cirurgião oncológico e chefe do Serviço de Cabeça e Pescoço do Hospital de Câncer Araújo Jorge, destaca que os odontólogos são cruciais na diagnose do câncer de boca. “Quando se fala no diagnóstico desta doença, os cirurgiões dentistas são essenciais. Assim, além de avaliarem a arcada dentária, os profissionais devem analisar a boca na sua totalidade, avaliando a orofaringe, que abarca a base da língua, o palato mole, amígdalas e a parte lateral e posterior da garganta.”
O médico revela também que cerca de 70 a 80% das lesões de câncer de boca diagnosticadas no Brasil estão em estado avançado. “O diagnóstico do câncer é simples, basta abrir a boca”, afirma. O especialista diz, ainda, que diagnosticar lesões em estados iniciais pode salvar vidas. “Quando a doença é diagnosticada inicialmente, as chances de cura giram em torno de 90%. Quando a diagnose é feita tardiamente, além da possibilidade de mutilações, as chances de cura ficam em torno de 40 a 60%”, mostra.
Conforme adianta a coordenadora do workshop, Profª Dra. Angélica Ferreira Oton Leite, nos próximos meses haverá outros módulos do curso “Educação Continuada em Câncer Bucal”, a previsão é que ocorra bimestralmente.
Veja foto do curso: https://www.playbook.com/s/accg/Yn3wD8nm9x9EWtJJZeDENGSB