29 de setembro de 2025 Capacitação

IEP realiza nova edição do curso teórico prático de hipodermóclise

O Araújo Jorge – Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) promoveu, no último sábado (27/09), no auditório do Centro Médico…

O Araújo Jorge – Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) promoveu, no último sábado (27/09), no auditório do Centro Médico Ambulatorial (CMA), a segunda edição do Curso Teórico-Prático de Hipodermóclise – Terapia Subcutânea, voltado para enfermeiras, técnicas de enfermagem e acadêmicas da área.

A parte teórica foi ministrada pela oncologista Dra. Lays Costa Marques, que destacou a proposta de uma aula mais interativa, com discussão de casos clínicos. “Nosso objetivo é promover o alinhamento do nível de conhecimento entre as participantes. A hipodermóclise é uma técnica excelente, mas ainda pouco utilizada por falta de conhecimento. Por isso, é fundamental oferecer cursos como este para atualizar e capacitar as profissionais, ampliando o acesso dos pacientes a essa alternativa terapêutica”, afirmou.

A enfermeira e coordenadora do curso, Viviany Guntija Sena Aires, explicou que a hipodermóclise é uma técnica simples, realizada por via subcutânea, geralmente com uso de scalpe ou jelco. “Existem outros dispositivos, como a íntima, mas esse tem um custo mais elevado”, comentou.

Viviany também abordou sobre as vantagens da técnica, destacando o baixo custo e a simplicidade de utilização, tanto em ambiente hospitalar quanto domiciliar. “Ela é especialmente indicada para pacientes em cuidados paliativos, contribuindo no controle de sinais e sintomas como alternativa terapêutica”, explicou.

A enfermeira também alertou sobre as desvantagens da técnica. “A hipodermóclise não é indicada em casos que demandam controle imediato de sintomas, crises agudas ou hidratação de ação rápida e contínua”, completou.

Conforto para o paciente

Segundo Viviany, a técnica proporciona maior conforto ao paciente. “Durante minha aula, discutimos a parte teórica, técnicas de hipodermóclise, cuidados de Enfermagem e casos clínicos para facilitar a fixação do conteúdo, abordando quais perfis de pacientes são mais indicados para o uso da via subcutânea e da técnica de hipodermóclise. Também realizamos a parte prática, com demonstrações para a turma”, destacou.

As participantes puderam treinar a aplicação em duplas e utilizando materiais que simulam a pele humana. O curso também teve o apoio da enfermeira Alyne Silva Britto Magnago do Grupo de Apoio Paliativo ao Paciente Oncológico (Gappo), que auxiliou na condução das atividades práticas. Junto com a coordenadora, Alyne demonstrou a técnica de hipodermóclise, orientando as participantes durante a aula.

A enfermeira Thálita Moraes dos Santos veio de Corumbaíba (GO) para participar do curso e avaliou a experiência como positiva. “Sou de Goiânia, mas há nove meses trabalho em Corumbaíba, atuando na atenção básica com atendimentos domiciliares, especialmente a pacientes paliativos. Há cinco meses, assumi a gestão do hospital municipal da cidade, que tem cerca de 10 mil habitantes e temos uma grande demanda oncológica”, relatou.

Para ela, o conhecimento é libertador. “Enfrentamos muitas dificuldades com relação à equipe, treinamentos e capacitação. Por já conhecer o trabalho da instituição, vi aqui uma oportunidade de aprender e, trazer mais profissionais para participarem”, explicou. Thálita comentou ainda que seu trabalho de conclusão de curso foi voltado ao atendimento oncológico. “Durante a graduação, já tinha interesse no curso e agora consegui me aprofundar. Meu TCC foi sobre a qualidade de vida do profissional de enfermagem que atua com cuidados paliativos”, destacou.

Segundo a enfermeira, a técnica oferece diversas vantagens, como maior conforto ao paciente, qualidade no atendimento, suporte terapêutico, além de cuidado e segurança. “Outros profissionais da equipe multiprofissional também deveriam conhecer essa técnica e ajudar a disseminar esse conhecimento”, concluiu.

Fotos: Gustavo Utida



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