28 de outubro de 2025 Capacitação

IEP realiza primeira edição do projeto Conexão Ciência

No sábado (18/10), o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do Araújo Jorge – Hospital de Câncer, em parceria com…

No sábado (18/10), o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do Araújo Jorge – Hospital de Câncer, em parceria com o Laboratório AstraZeneca, realizou a 1ª edição do projeto Conexão Ciência, no auditório do Castro’s Park Hotel. Profissionais da área da saúde aproveitaram a manhã voltada às discussões na área da pesquisa, inovação e compartilharam experiências.

A abertura do evento foi conduzida pelo diretor de Relações Institucionais do hospital, o médico Jales Benevides, destacando a troca de experiência e a excelência na pesquisa científica. “Lembramos que a instituição mantém um Centro de Pesquisa Clínica feito por aqueles que se dedicam para trazer alternativas de tratamento para os pacientes. Vamos discutir casos clínicos e a chance das mulheres se tratarem com medicações”, disse.

Durante a programação do evento, a oncologista clínica Larissa Vieira de Queiroz Polido ministrou uma palestra sobre o estadiamento do câncer de ovário BRCA mutado.

“O câncer de ovário é o terceiro mais comum entre as mulheres, quando falamos de tumores ginecológicos. Felizmente, os tratamentos vêm evoluindo, o que tem proporcionado maior sobrevida às pacientes”, explicou. A médica abordou a jornada da paciente desde a visita à Unidade Básica de Saúde (UBS) e a investigação de sinais e sintomas, passando pelos exames de imagem, como a ressonância abdominal, até o estadiamento do carcinoma de ovário e as opções terapêuticas disponíveis.

“Quando a doença progride, não há mais chances de cura. Por isso, a primeira linha de tratamento é fundamental e oferece maiores possibilidades de cura. O resultado cirúrgico tem impacto direto na vida das pacientes”, destacou. Larissa ainda apresentou dois estudos clínicos em andamento e informou que, até dezembro, deverão recrutar novas pacientes para participação em pesquisas científicas.

Câncer de mama

A segunda palestrante foi a médica oncologista clínica Mayza Lemes Duarte Frota, que abordou a epidemiologia mundial, o câncer de mama precoce, o envelhecimento populacional, os fatores de risco e a importância de oferecer exames de ressonância magnética e mamografia com qualidade. “Hoje em dia, temos muitas alternativas para tratar as pacientes. E há a necessidade de segurar a mão de cada uma durante o acompanhamento em consultório”, destacou.

Durante sua apresentação, a palestrante também citou um estudo que ressaltou o impacto das tecnologias disponíveis a longo prazo, a redução do risco invasivo e o benefício do uso do olaparibe. Encerrando a primeira edição do projeto, o oncologista clínico Diego Machado Mendanha ministrou uma aula sobre o câncer de pulmão em estágio III irressecável.

“Precisamos avançar e aprimorar as práticas devido à alta letalidade desse tipo de tumor. Nossa atuação clínica é desafiadora, especialmente por conta do tabagismo, que permanece como principal fator de risco. Existem diversas variáveis na análise do câncer de pulmão, por isso, ao testar os pacientes, é fundamental o apoio de uma equipe multidisciplinar, que assegura a melhor conduta, promove integração e permite a individualização dos tratamentos”, explicou.


Ciência e acesso

O gerente de Acesso ao Mercado Público da AstraZeneca, Adalberto Oliveira, destacou que foi uma honra e uma grande satisfação realizar este evento exatamente no Dia do Médico, data especial para falar sobre ciência, acesso e o Sistema Único de Saúde (SUS).

“Trouxemos este evento para abordar a realidade do sistema público de saúde e reforçar a importância da parceria com o Araújo Jorge, o maior Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia do Estado. Essa colaboração evidencia o papel fundamental do hospital no atendimento aos pacientes de toda a região. Nosso foco é oferecer suporte à equipe multidisciplinar, envolvendo diferentes áreas desde residentes até profissionais da Farmácia Clínica que participam da jornada dos pacientes pelo SUS”, explicou.

Segundo o gerente, a parceria com o IEP representa o desenvolvimento de projetos inovadores, capazes de transformar a vida de um grande volume de pacientes por meio de novos medicamentos e tratamentos. “Além disso, temos ações voltadas à prevenção e ao diagnóstico precoce, conectando a ciência à realidade do cuidado e do tratamento”, concluiu.



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