3 de julho de 2025 Sem categoria

Planos de preceptoria e tutoria foram temas abordados em treinamento do IEP

O Araújo Jorge – Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) realizou, na última sexta-feira (27/06), no auditório do Centro Médico…

O Araújo Jorge – Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) realizou, na última sexta-feira (27/06), no auditório do Centro Médico Ambulatorial (CMA), mais uma edição do curso de capacitação para tutores e preceptores. A capacitação foi dirigida pelo Prof. Dr. Sebastião Benício da Costa Neto e pela Profª. Dra. Heliny Carneiro, que abordaram a importância da tutoria e da preceptoria na formação dos residentes, com foco na elaboração dos planos específicos para essas funções.

“A residência é um projeto ousado, que busca melhorar os resultados em saúde. Por meio da interprofissionalidade, conseguimos avanços significativos para a população”, destacou o professor Sebastião Neto.

Ele também enfatizou a necessidade de uma abordagem educativa centrada no residente. “O residente terá atribuições profissionais e deve ser acompanhado por alguém que ensina com serenidade. Precisamos pensar em uma forma de educação que o leve a buscar e encontrar aquilo que veio aprender. O residente não pode ser visto como mão de obra barata”, afirmou.

Programa de Residência

O corpo docente tem como missão compreender e se envolver ativamente no programa de residência, visando colaborar para a melhoria da qualidade da atenção à saúde. “O trabalho realizado aqui no Araújo Jorge tem um papel fundamental ao promover o treinamento por meio do acompanhamento das práticas, formalizando a organização didática com o residente”, afirmou o professor.

Ele ainda explicou que o tutor é uma figura responsável por articular a relação entre o preceptor, o residente e o projeto pedagógico que será desenvolvido. “Para ser tutor, é necessário estar preparado porque é uma atividade transversal, que pode ser considerada uma disciplina cuja função é ajudar o residente a alcançar objetivos por meio do desenvolvimento de competências”, destacou.

Ao longo do processo, ajustes são necessários, mas o plano de tutoria tem como principal função orientar e acompanhar os residentes. Já o plano de preceptoria detalha e organiza as atividades práticas. Para a psicóloga do Setor de Oncologia Pediátrica (SOP) do Araújo Jorge, Maria Clara Godinho Pereira Buritisal, que participa das edições dos cursos, relatou que o curso de tutoria e preceptoria tem sido muito enriquecedor.

“Os treinamentos estão me capacitando de forma prática e reflexiva para acolher os alunos com mais segurança, empatia, além de me preparar para contribuir ativamente na formação deles. Estou adquirindo ferramentas importantes para orientar no processo de aprendizagem, favorecer o desenvolvimento profissional dos estudantes e criar um ambiente de ensino mais colaborativo e humano”, ressaltou.

Além do curso, a psicóloga está fazendo um curso de formação na área da saúde e pós em Psicopatologia. “O curso foi extremamente rico em informações. O professor Dr. Sebastião Benício conduziu a formação de maneira exemplar, trazendo explicações claras e exemplos práticos que evidenciaram a importância do papel do tutor na formação dos alunos. Sua abordagem destacou como a atuação do tutor vai além do ambiente acadêmico, contribuindo significativamente para o desenvolvimento pessoal dos estudantes e, consequentemente, para a transformação da sociedade”, concluiu.

A fisioterapeuta do Grupo de Apoio Paliativo ao Paciente Oncológico (Gappo) do Araújo Jorge, Fernanda Dorneles de Morais também é participante do curso e relatou que será preceptora e ministrará módulos no eixo transversal e específico. “Estou gostando de todos os módulos, principalmente esse último em que discutimos sobre o projeto pedagógico do curso”, afirmou.

Competências

Ao questionar os participantes sobre quais competências desejam desenvolver com os residentes, o professor ressaltou que, na residência, é possível trabalhar diversas competências, caso estejam alinhadas às diretrizes didáticas do programa. As principais competências são voltadas à atenção ou assistência direta à saúde, à gestão e à educação.

Uma dessas competências é a comunicação efetiva em saúde, que envolve a capacidade de se comunicar com clareza, empatia e ética com pacientes, familiares e equipes multiprofissionais.

Outra competência importante é a tomada de decisão clínica baseada em evidências, que se refere à habilidade de avaliar criticamente informações e utilizar evidências científicas para tomar decisões clínicas adequadas.

Já a competência de promoção da saúde e prevenção de doenças abrange a capacidade de planejar e implementar ações de cuidado que promovam o bem-estar individual e coletivo.

Segundo o professor, para cada competência há um conjunto de habilidades específicas que a compõem. “No caso da comunicação efetiva em saúde, por exemplo, destacam-se habilidades como a escuta ativa do paciente, a compreensão de suas necessidades emocionais e clínicas, a explicação dos procedimentos de forma simples e adequada, além da capacidade de lidar com situações de maneira assertiva”, relatou.



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