A Diretoria Executiva da Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG) esteve reunida, na última quarta-feira (29/01), com o coordenador-geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES), José Barreto Campello. O encontro, realizado em Brasília, teve como principal objetivo a captação de recursos para o Projeto de Modernização do Serviço de Radioterapia do Hospital de Câncer Araújo Jorge, uma medida essencial para evitar a interrupção de tratamentos oncológicos em Goiás.
Na ocasião, os diretores da ACCG alertaram que a situação é crítica. Um dos aceleradores lineares da unidade, instalado em 1999, chegou ao fim de sua vida útil. Falhas constantes e a necessidade frequente de manutenção aumentam o risco de uma paralisação definitiva, o que pode ter um impacto devastador no atendimento aos pacientes. Atualmente, o setor de radioterapia realiza cerca de 320 sessões diárias, operando ininterruptamente das 6h da manhã às 2h da madrugada para atender à alta demanda. “A continuidade dos tratamentos está em risco”, afirmou o vice-presidente da ACCG, Paulo Moacir de Oliveira Campoli.
Caso o equipamento saia de operação, não há outra unidade pública em Goiás com capacidade para absorver os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). “Se esse aparelho parar, será um verdadeiro colapso. Milhares de pacientes ficarão sem acesso ao tratamento oncológico”, reforçou o vice-presidente.
A Associação de Combate ao Câncer em Goiás conta com um projeto de modernização para a Radioterapia. Com investimento total de R$ 38.050.000,00 e dividido em três etapas, o plano inclui a aquisição de novos aceleradores lineares, reforma das instalações e a implementação de sistemas de última geração para planejamento e controle de qualidade, garantindo um tratamento mais moderno e eficiente.
Diante desse cenário, a Diretoria Executiva da ACCG tem intensificado a busca por apoio junto ao Governo Federal, ao Governo do Estado e à Prefeitura de Goiânia. A principal preocupação é evitar a paralisação definitiva do equipamento, o que comprometeria de forma irreversível o atendimento aos pacientes oncológicos.
A instituição reforça a necessidade urgente de recursos para garantir a continuidade dos serviços e impedir um colapso no tratamento radioterápico em Goiás. Também participaram da reunião o diretor de Relações Institucionais, Jales Benevides; o tesoureiro-geral, Elismauro Francisco de Mendonça; e o consultor estratégico, Adriano Lago.