Na manhã de quarta-feira (09/04), o Serviço de Oncologia Pediátrica (SOP) do Araújo Jorge – Hospital de Câncer deu início a uma nova série de oficinas com a presença do voluntário Murilo Morais. Na sala lúdica da unidade, crianças internadas participaram de uma oficina de origami, técnica japonesa de dobradura de papel, com a produção de girassóis. Os materiais utilizados foram doados pelo “Projeto Cultura também Cura”.
Com três anos de voluntariado na instituição, Morais contou que o objetivo da oficina é reforçar o espírito de parceria e solidariedade. “Nosso trabalho continua o mesmo, mas sempre com peças diferentes. No caso do girassol, usamos de 14 a 15 pétalas, amarelas ou laranjas, além de duas folhas verdes para completar o ciclo da flor. Vai depender do participante e de como ele irá montá-la”, explicou.
Ele também compartilhou curiosidades sobre a origem do origami. “Antes da técnica, surgiu a ideia da criação do papel, que no Japão não era usado apenas para escrita, mas também como forma de arte. Com o tempo, o papel passou a ser usado para fazer tsurus, flores e até enfeitar castelos. Era caro e restrito à nobreza, mas, ao se tornar mais acessível, o origami se espalhou pelo país”, contou.
Mais que dobraduras, um estímulo à criatividade
Além dos girassóis, a oficina incluiu a produção de pássaros, flores e casas. Para a próxima edição, um coelho está nos planos, em alusão à Páscoa. “Vejo que estou conseguindo meu objetivo de distraí-las, permitindo que se dediquem a uma atividade diferente e coloquem suas habilidades em prática”, afirmou Morais.
A oficina também encantou acompanhantes, como Thaís Emanuelle Santos Ribeiro, mãe e estagiária, que participou ao lado da filha Sophia. “Me divirto mais do que ela! É a primeira vez que participo de uma atividade de origami, mas já estive em oficinas de pintura e até em spa dos pés para mães. São momentos que ajudam muito no tratamento, porque a criança não pode ficar parada, e a Sophia não gosta de ficar”, relatou.
A cultura como aliada no tratamento
A supervisora administrativa da Divisão de Voluntariado, Adriane Rodrigues da Silva, reforçou a importância do projeto no ambiente pediátrico. “Sabemos o quanto essas oficinas são benéficas. O Emiliano Lobo, junto com parceiros, tem papel essencial ao colaborar com materiais como papel e cola. Hoje tivemos a oficina do Murilo, mas em breve teremos atividades com gesso, bonecas de pano e pulseiras. O voluntariado tem papel fundamental na Pediatria. Sempre digo que o voluntário é a alma da instituição — traz humanização, conforto, aconchego e, claro, muitos sorrisos”, destacou.




